Wednesday, November 09, 2016

Uma poesia de Marceline Desbordes-Valmore

Les roses de Saadi           
Marceline Desbordes-Valmore

J’ai voulu ce matin te rapporter des roses ;
Mais j’en avais tant pris dans mes ceintures closes
Que les nœuds trop serrés n’ont pu les contenir.

Les nœuds ont éclaté. Les roses, envolées

Dans le vent, à la mer s’en sont toutes allées
Elles ont suivi l’eau pour ne plus revenir;

La vague en a paru rouge et comme enflammée.
Ce soir, ma robe encore en est tout embaumée…
Respires-en sur moi l’odorant souvenir.

AS ROSAS DE SAADI

Eu tive, esta manhã, a vontade de te levar rosas
Mas, enchi tanto o cinturão fechado delas
Que os nós, mesmo apertados, não puderam conter.

Os nós se romperam. As rosas, então, voaram
Ao vento, até o mar, todas elas se espalharam
E seguiram pela água sem nada para as deter;

A onda se viu da cor vermelha inflamada
E de noite a veste ainda estava perfumada...
Exalando em mim o aroma para não esquecer.


Ilustração: Arte em Giro 

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