Sunday, July 03, 2016

Uma poesia de Marílina Rébora

Espejos                                                                       
Marilina Rébora

Mírate en el espejo que tu imagen proyecta,
Esperando un instante a que se muestre clara;
Verás, a pesar tuyo, la figura imperfecta
Y las desarmonías patentes de la cara.

Sin contemplarte pues como estampa dilecta,
En tus propios defectos, exhaustiva, repara,
Para reconocer por fin lo que te afecta
Como quien llanamente una verdad declara.

A lo real concorde y en idéntico modo
Habrás de examinar prolija tu conciencia:
Sentimientos, virtudes, pasiones sobre todo;
Comprobarás errores y lagunas de olvidos,
Mas para tu consuelo —que es también una ciencia—
Piensa que Dios se vale de los arrepentidos.

ESPELHOS

Olha-te no espelho que tua imagem projeta,
Esperando um instante em que se mostre clara;
Verás, apesar de tudo, a imagem imperfeita
E as desarmonias patentes da cara.

Sem contemplar-te, pois, como uma estampa dileta,
Em teus próprios defeitos, exaustiva, repara,
Para reconhecer, por fim, o que te afeta
Como quem sinceramente uma verdade declara.

Com o real concorda e em idêntico modo
Haverás de examinar metódica tua consciência:
Sentimento, virtudes, paixões, sobretudo;
Comprovarás erros e lacunas de esquecimentos,
Mas, para teu consolo-o que é também uma ciência-
Pensa que Deus se vale dos arrependimentos.


Ilustração: http://quartalegiao.blogspot.com.br/

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