Tuesday, October 21, 2014

Ainda a poesia de Jorge Cuesta




Jorge Cuesta

Abro de amor a ti mi sangre rota,
Para invadirte sin saberte amada.
El íntimo sollozo es negra espada
Que en la dureza de su luz se embota.

Al borde de mi sombra tu alma brota,
Así mi linde está más amparada.
Y aunque la fuga es más precipitada
Tu ausencia es cada vez menos remota.

Tu luz es lo que más me apesadumbra
Y si enciendes mis ojos con tu vida
El corazón me dobla la penumbra.

Mi soledad tu nombre dilapida
A la sombra del aire que te encumbra
Y apaga el lujo de tu voz vencida.
  
Amor na Sombra

Abro de amor a ti meu sangue que brota
Para invadir-te sem que saibas amada.
O íntimo soluço como negra espada
Que na dureza de sua luz se embota.

No limite da minha sombra tua alma salta,
Assim, minha margem é mais protegida.
E ainda que a fuga seja mais precipitada
Tua ausência é  cada vez menos remota.

Tua luz é o que mais me entristece, assombra
E se acendes meus olhos com tua vida
O coração me dobra na penumbra.

Minha solidão teu nome dilapida
Ao te elevar do ar, na sombra,  
E apaga o luxo de tua voz vencida.


Ilustração: artonico.wordpress.com

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