Saturday, February 05, 2011

Julia Prilutzky Farny


26

Julia Prilutzky Farny

Ni una palabra quedará, siquiera,
Amor que eras mi amor, que eras mi vida.
Ya no te digo adiós, ni hay despedida
Ni volveré a llorar por lo que fuera.
Dónde quedó el terror frente a la espera,
Dónde el pretexto fácil de la huida:
Estoy de pronto, como adormecida,
Brazos ausentes, párpados de cera.
Amor que eras mi amor, estas tan lejos
Que tu imagen se vela en los espejos
Y está la niebla donde había llamas.
Oigo que rondas pero no te veo,
Vuelvo a escuchar tu voz, pero no creo.
Ya no importa si estás ni si me llamas.


26

Nem uma palavra ficará, sequer agora,
Amor que eras meu amor, que eras minha vida.
Já não te digo adeus, nem há despedida,
Nem voltarei a chorar pelo que se fora.
Aonde ficou o terror frente à espera,
Aonde o pretexto fácil da saída:
Estou de pronto, como quê adormecida,
Braços ausentes, pálpebras de cera.
Amor que eras meu amor, estais tão distante
Que tua imagem nos espelhos se dilui
E fica a nevoa onde havia chamas.
Sei que me rondas, porém, não te vejo
Volto a escutar tua voz, porém, não creio.
Já não importa se estais aqui se não me chamas.

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