Sunday, January 02, 2011

E ainda Juan Ramón Jiménez



Te deshojé como una rosa...

Juan Ramón Jiménez

Te deshojé como una rosa,
para verte tu alma,
y no la vi.
Mas todo en torno
-horizontes de tierra y de mares-,
todo, hasta el infinito,
se colmó de una esencia
inmensa y viva.

Te desfolhei como uma rosa...

Te desfolhei como uma rosa,
para ver tua alma,
e não a vi.
Mas, em tudo em torno
-horizontes da terra e dos mares-
tudo, até o infinito,
foi inundado por uma essência
imensa e viva.

Ilustração: cristianaarcangeli.com.br

2 comments:

Lia Noronha said...

Começou bem o ano meu querido amigo.
bjsssssssssssss mil!!

Jefferson Bessa said...

Lindo poema de Jiménez!!!
Após a leitura escrevi esse poema. Ousadia, não é? Mas não pude conter-me.


abrem-se as cores do corpo
aberto para mim, para quem o vê.
de súbito, acordo eternamente
à verdade de quem deve abrir-se
não sou eu, nem nós, nem ninguém
porque se quero desfolhar alguém
vejo qualquer coisa inexistente.

nem como rosa, nem como cravo
hoje nada arrancarei de sua pele
não perderei, nem perderá um pelo.
sentará frente a mim de corpo nu
e aos meus olhos, sim, libertará
a minha visão já esquecida de mim
para só olhar e olhar um corpo vivo


Grato,

Jefferson.