Sunday, October 31, 2010

Com amor e sem promessas



O verdadeiro ouro, meu tesouro

Eu não te farei promessas
Que as promessas,
Como o tempo, são volúveis...

Só te direi agora, neste instante
Que te amar é como acender as luzes,
Desvendar a beleza que, no escuro,
Pedia para ser revelada
E resplandecer no prazer
Que, para nós dois, até parece ser prece.

Só direi que te amar
È ser feliz
E celebrar o encontro
Que estava escrito
E nós sempre soubemos
Sem saber
Que para cumprir um ciclo da vida
Teria que acontecer.

Só direi que te amar
É um prêmio que a vida me dá
E que só posso fazer para merecer
Te beijar, te fazer com todo o meu carinho
As carícias que teu corpo requer
E tentar despertar o melhor que em ti há
Que é teu instinto nato de mulher.

Só direi que hei de buscar teu sorriso
E o prazer que teus olhos irradiam
Como se fosse o pássaro que, no estio,
Abre as asas em busca da ilusão
De que é capaz de alcançar a amplidão.

Só direi que em teu corpo, de repente,
Pode ser que descubra ternamente
Que, se não há arco-íris,
O pote de ouro existe
E, apesar de não estar cheio de metal,
Esconde o valor mais valioso,
Que é doce, generoso, saboroso mel,
Porta do prazer, entrada do céu!

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