Friday, October 05, 2007

UM POETA DO PARAGUAI


HAY VECES...

Roque Vallejos


para Augusto Roa Bastos

Hay veces en que nadie
recuerda
que existimos;
que La vida se encoge
y nos aprieta,
y que es difícil despertar
cada mañana
la sangre en nuestras venas.

Días de conservar
el esqueleto, doblados hacia adentro,
y de llorar a oscuras
sobre estos mismos huesos,
de usar la propia piel
como mortaja, y decirle
a la vida que no estamos
y que vuelva otro día.

HÁ VEZES...

Há vezes em que nada
recorda
que existimos;
que a vida se encolhe
e nos aperta,
e que é difícil despertar
cada manhã
o sangue em nossas veias.

São dias de conservar
o esqueleto, voltados para dentro,
e chorar no escuro
sobre estes mesmos ossos,
de usar a própria pele
como mortalha, e dizer
à vida que não estamos
e que volte um outro dia.

2 comments:

Lia Noronha &Silvio Spersivo said...

Silvio: bem comédia...como vc!!!
Bjus de bom começo de semana pra vc.

Lia Noronha said...

Obrigada pelo carinho e bom humor no meu Cotidiano.