Sunday, September 03, 2006

ABANDONO

Um papagaio.
Um papagaio.
Com suas penas verde amarelas
E sua rouca voz de curupaco.

Um papagaio
A repetir como se corvo fosse:
-Nunca mais! Nunca mais!
E a ausência dela
Soando, no abandono, além
Muito além
De todos os ecos e penas
Pelo tempo afora.

Meu coração ainda chora.

2 comments:

Saramar said...

Ai, Sílvio, como é triste!
"Nunca mais! Nunca mais!" ficou soando durante o poema inteiro, tomou-o todo.

beijos

Dalva M. Ferreira said...

Hmmmm... desculpe a ignorância, Sílvio, mas a poesia é sua? Se for...