Wednesday, June 28, 2006

UM POEMA DE BUESA

LA SED INSACIABLE
José Angel Buesa
Decir adiós...La vida es eso.
Y yo te digo adiós, y sigo
Volver a amar es el castigo
De los que amaron con excesso.

Amar y amar toda la vida
Y arder em esa llama.
Y no saber por qué se ama...
Y no saber por qué se olvida...

Coger las rosas una a uma
Beber um vino y otro vino
Y andar y andar por um camino
Que no conduce a parte alguna.

Sentir más sed en cada fuente
Y ver más sombra em cada abismo,
En este amor que es siempre el mismo,
Pero que siempre es diferente.

Porque en el sordo desacuerdo
De lo soñado e lo vivido,
Siempre del fondo del olvido
Nace la muerte de um recuerdo.

Y en esta angustia que no cesa
Que toca el alma e no la toca
Besar la sombre de otra boca
Em cada boca que se besa.

A SEDE INSACIÁVEL

Dizer adeus...a vida é isto.
E eu te digo adeus, e sigo...
Voltar a amar é o castigo
Dos que amaram em excesso.

Amar e amar por toda vida
E arder nesta chama
E não saber por que se ama...
E não saber por que se esquece...

Colher as rosas, uma a uma,
Beber um vinho e outro vinho
E andar, andar por um caminho
Que não conduz a parte alguma.

Sentir mais sede em cada fonte
E ver mais sombra em cada abismo,
E neste amor que é sempre o mesmo
Ver sempre o que é diferente.

Porque em surda discussão
Entre o sonhado e o vivido
Sempre, do fundo do esquecido,
Nasce a morte de uma recordação.

E nesta angústia que não me deixa
Que toca na alma e não toca
Beijar a sombra de outra boca
Em cada boca que se beija.

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