Wednesday, May 24, 2006

OUTRA POESIA DE CANESE

A TODA MAQUINA
Jorge Canese

Escribo.
Yo no sé, no quisiera
(centellazo amarillo),
hay un semáforo que empuja,
son mis monstruos queridos
que llegan cabalgando en patas de viento
(¡este empalagoso apego por los monstruos sagrados!).
Tranquilos, muchachos, no alboroten,
que así no sale nada.
En fin (primer intento): escribo,
a toda máquina
quisiera contarles mi vida,
mis muertos
teñidos siempre de negro, de verde.
No sé. El mundo que nos queda (ya lo dije)
no es nuestro.
Escribo: adiós,
amarillo a toda máquina.

A TODA MÁQUINA

Escrevo.
Eu não sei, não quisera
(centelhinhas do amarelo),
há um sinal que me empurra,
são meus queridos monstros
que chegam cavalgando em patas de vento
(este excessivo apego pelos monstros sagrados!).
Calma, rapazes, não se alvorocem,
Que assim não saí nada.
Enfim (primeiro intento): Escrevo,
a toda a máquina
quero contar-lhes minha vida,
meus mortos
vestidos sempre de preto, de verde.
Eu não sei. O mundo que nós cabe (já o disse)
não é nosso.
Escrevo: adeus,
amarelo a toda a máquina.

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