Sunday, November 06, 2005

NO DIVÃ


Ninguém me espera assim.
Ninguém me deixa assim.
Ninguém me faz assim tão feliz!
Nenhuma outra tem o gosto
que ela tem.
Nenhuma outra foi tão doce
ou comportada
Nem teve a vantagem de me amar calada.
Não me convence não
Toda esta falação
Que cheira a Jung ou Freud.
Vamos parar aqui.
Que rodar por aí
não tem nenhum sentido
Tem dito e repetido,
Mas não quer me dizer
de forma clara
Que não acha normal
Esta paixão total,
Determinada e inarredável
Por minha boneca inflável!

1 comment:

Lia Noronha said...

Silvio:as fantasias tomam conta...qdo a realidade não se faz presente!
Simplesmente amei esta poesia,está no seu livro?
Boa tarde de terça-feira.
Beijos carinhosos.